Mudança na cor de penas não ocorre apenas devido à interação sexual.
Variação ocorreria devido a interrupção na formação de uma espécie
12/05/2012 11h00 - Atualizado em 12/05/2012 11h00
Estudo publicado na revista “Nature” desta semana aponta que a existência de variedades nas cores das penas de aves – uma característica chamada de "polimorfismo" -- está associada à geração acelerada de novas espécies.
De acordo com cientistas do Departamento de Zoologia da Universidade de Melbourne, da Austrália, as mudanças de coloração nas penas ocorreriam por fatores ecológicos, geográficos e genéticos -- e não apenas por seleção sexual.
Os pesquisadores analisaram cinco diferentes grupos de aves: Accipitridae (abutres e águias), a combinação de Striginae e Surniinae (dois sub-tipos de corujas), Caprimulgidae(caprimulgídeos), Falconidae (falcões) e Phasianidae (faisões). Os cinco grupos contêm 7% de espécies de aves e 47% de espécies com cores polimórficas.
Segundo o estudo, aves com maior prevalência de polimorfismo de cor tendem a se dividir em novas espécies com o tempo. Esta associação parece estar ligada à quantidade e diversidade dos ambientes ocupados e padrões comportamentais.
Os autores sugerem que a coexistência de várias cores nessas populações resulta da interrupção na formação de uma espécie – ou seja, quando um processo de formação genética é interrompido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário