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Onça-pintada e os quelônios da Amazônia (espécies de tartarugas) são outras espécies ameaçadas
LUCIENE DE ASSIS
Começou nesta quinta-feira (15/05), nas redes sociais do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e, disponível também para emissoras de televisão, campanha de combate ao tráfico de animais silvestres estrelada pelos protagonistas do desenho animado Rio 2, em cartaz nos cinemas brasileiros. A ararinha azul, vítima do contrabando de aves e outros animais para fora do Brasil, é um exemplo típico e dramático, pois já é considerada extinta na natureza, com poucos animais sendo criados em cativeiro para posterior retorno ao habitat.
Na mesma situação se encontram a onça-pintada e os quelônios da Amazônia (espécies de tartarugas), entre outros animais. A fiscalização, a cargo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), conta com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e dará atenção especial aos animais em risco de extinção, conforme explicou o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano de Menezes Evaristo.
ATIVIDADE ILEGAL
O filme de 40 segundos chama atenção para a necessidade de se manter os animais na natureza e não engaioladas, como troféus e bichos de estimação. De acordo com o Ibama, o comércio de vida silvestre, incluindo fauna, flora e seus produtos e subprodutos, é considerada a terceira maior atividade ilegal no mundo, atrás apenas do tráfico de armas e de drogas. Levando-se em conta apenas o tráfico de animais silvestres no Brasil, estima-se que pelo menos 38 milhões de espécies sejam retiradas anualmente da natureza e, aproximadamente, 4 milhões delas sejam vendidas.
Baseado em dados sobre animais capturados e o seu preço no mercado ilegal, o Ibama estima que, no Brasil, esse comércio movimente mais de R$ 5,5 bilhões (cerca de 2,5 bilhões de dólares) por ano. Conforme relatório da Rede Nacional de Combate ao Trafico de Animais Silvestres, existem quatro razões que incentivam o comércio ilegal de vida silvestre: a busca por animais para zoológicos e colecionadores particulares, para uso científico e biopirataria, para venda como bichos de estimação em petshops, e para a produção de produtos e subprodutos.
Em todo o mundo existem, aproximadamente, 9.700 espécies de aves e a América do Sul é conhecida como o continente das aves, pois abriga quase um terço das espécies vivas de todo o globo, entre residentes e visitantes. E o Brasil reúne uma das maiores riquezas em avifauna do mundo, com mais de 1.825 espécies, das quais mais de 10% são endêmicas, o que torna o país um dos mais importantes em relação a investimentos em conservação, conforme estudo publicado na revista eletrônica Atualidades Ornitológicas pelos pesquisadores Melissa Gogliath, Eduardo Lage Bisaggio, Leonardo Barros Ribeiro, Ana Elisa Resgalla e Roberto Cabral Borges.
Assista ao filme do Projeto ararinha na natureza, curta e compartilhe, tanto no youtube, quanto no facebook e no twitter do Ministério do Meio Ambiente.
